quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DEPRESSÃO INFANTIL

Ao contrário do que se pode pensar, a criança e o adolescente também podem apresentam depressão. Estima-se que 2% de crianças e 5% de adolescentes no mundo sofrem de depressão, sendo 1 em cada 20 crianças até os 10 anos de idade.

De acordo com uma pesquisa publicada no Journal of Child Psychology and Psychiatry, a depressão e a ansiedade afetam até 15% das crianças na fase pré-escolar. É uma grande porcentagem se considerarmos que é uma doença desconhecida por muitos. Além da depressão, as crianças podem apresentar outros distúrbios: de ansiedade, déficit de atenção/hiperatividade, de conduta

A depressão infantil se difere da depressão no adulto, tanto na incidência - antes da puberdade, a depressão tem incidência igual entre meninos e meninas e, na fase adulta, é mais predominante no sexo feminino - como nos sintomas. O diagnóstico é difícil exatamente por não apresentar os sintomas típicos dos adultos. A criança depressiva, geralmente, demonstra agitação e, por isso mesmo, pode ser rotulada como teimosa e desobediente ou ter seu comportamento tolerado por considerar normal em relação à fase em que a criança se encontra. No entanto, o que indicará depressão é a duração e a intensidade dos sintomas, que pode levar semanas ou meses, podendo retornar mais gravemente se não tratada. Os sintomas mais comuns são:

* Baixa autoestima,
* Queixa de cansaço,
* Vontade de ficar isolado,
* Alteração de humor,
* Alteração no sono,
* Falta ou excesso de apetite,
* Ganho ou perda de peso considerável e em curto espaço de tempo,
* Desinteresse pelas atividades habituais,
* Queda no rendimento escolar,
* Ansiedade,
* Irritabilidade,
* Comportamento choroso,
* Agressividade,
* Sentimento de culpa,
* Grande sensibilidade à perda ou rejeição.


A depressão infantil não tem uma causa específica, pode ser desencadeada por algo ou alguma situação que a criança esteja vivendo, como:

* Morte de alguém querido ou do bichinho de estimação,
* Mudança de residência,
* Separação dos pais,
* Nascimento de um irmãozinho,
* Excesso de atividades

A criança ou adolescente com depressão tem maior probabilidade de desenvolver depressão na fase adulta, podendo surgir, também, transtorno bipolar - onde o estado depressivo se altera com euforia.

A depressão infantil é uma doença que afeta diretamente o desenvolvimento emocional e social da criança. Como prevenção, a demonstração de afeto é muito importante. Sentimento de amor, carinho e atenção devem ser demonstrados pelos pais na mesma medida que as broncas e repreensões. Também é importante que os pais e educadores estejam atentos às alterações comportamentais da criança ou adolescente e o momento vivido por ela.
Para o tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos, que é prescrito para crianças a partir dos 6 anos de idade, juntamente com ludoterapia ou psicoterapia.


A terapia comportamental mostrou maior eficácia em ensaios clínicos, resultando numa melhor forma de tratamento. Por meio dela, os especialistas procuram fazer com que os pacientes (re) encontrem prazer nas atividades do seu cotidiano, melhorem as suas relação interpessoais, além de identificar e modificar os padrões de conduta cognitiva que levam à depressão.
A terapia interpessoal também se mostra eficaz no tratamento da depressão, onde os pacientes desenvolvem a capacidade de lidar com as dificuldades pessoais (como perda de relacionamentos, decepções e frustrações).
O tratamento psicoterápico leva o tempo necessário para cada pessoa, considerando que cada um tem seu ritmo.


Referências:

http://www.webartigos.com/articles/3798/1/depressao-infantil/pagina1.html

http://www.clubedobebe.com.br/Palavra%20dos%20Especialistas/psi-daniela-07-03.htm

http://www.drauziovarella.com.br/artigos/dadolescencia.asp


Cristiane Vizzone

Psicóloga e Psico-oncologista

CRP 06/75975

Contato: SP (11) 7087-5865

Santos (13) 9153-2320

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